Museu do Estado de Pernambuco

Coleção Carlos Estevão


Carlos Estevão de Oliveira nasceu em 30 de abril de 1880, na cidade de Olinda, em Pernambuco. Formou-se em direito, em 1907, pela Faculdade de Direito do Recife. Casou-se com Maria Izabel Porto Carneiro, com quem teve três filhos, Antonio Carlos, Lygia e Dalmo Estevão. Em 1908 mudou-se para o Pará, tornando-se procurador de Justiça em Alenquer; em 1913 mudou-se para Belém onde ocupou vários cargos públicos, até ser nomeado como Diretor do Museu Paraense Emílio Goeldi. Antes de falecer, em 05 de junho de 1946, Carlos Estevão oficializou a família o seu desejo de doar parte de sua Coleção etnográfica e arqueológica, adquirida entre 1908 e 1946, ao Estado de Pernambuco. Assim, em 10 de julho de 1947, a Coleção passou a fazer parte do acervo do Museu do Estado de Pernambuco, recebendo o nome de seu colecionador. Vale ressaltar, que Lygia Estevão de Oliveira – filha do antropólogo – tornou-se funcionária do Museu do Estado de Pernambuco no mesmo ano da doação desta Coleção e até sua aposentadoria foi responsável por esse acervo atuando como curadora.
A Coleção começou com um Muiraquitã (que significa “Nó de madeira” ou “Nó das árvores”), um amuleto com poderes sobrenaturais, geralmente, oferecido ao visitante da aldeia. É constituída por um rico conteúdo etnográfico, diversificadas em suas características estéticas e culturais, como também na variedade de seus temas. Essas peças estão divididas em várias categorias, representando mais de cinquenta povos indígenas da América do Sul, sobretudo do Brasil.